Durante assembleia realizada na noite desta terça-feira em São Paulo, os funcionários do Metrô decidiram entrar em greve a partir da 0h de quarta (23), por tempo indeterminado. Em nota, a prefeitura informou que o rodízio de veículos será suspenso apenas se a paralisação for confirmada.
A greve atinge todo o efetivo e afetará todas as linhas –exceto a linha 4-amarela, que é privatizada. O Metrô de São Paulo atende 3,7 milhões de passageiros por dia.
A assembleia foi realizada para discutir a contraproposta apresentada pelo Metrô na audiência realizada à tarde com mediação da Justiça do Trabalho. Segundo o sindicato da categoria, cerca de 2.000 pessoas votaram pela greve –a categoria tem cerca de 8.500 trabalhadores.
Uma nova assembleia está marcada para hoje, às 12h.
Após a audiência no TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), a desembargadora Anélia Li Chum decidiu que os funcionários devem manter 100% do efetivo nos horários de pico (das 5h às 9h e das 17h às 20h) e 85% nos demais horários. A decisão, no entanto, não será cumprida, segundo o sindicato.
Em caso de descumprimento, o sindicato terá que pagar multa diária de R$ 100 mil.
A desembargadora ainda proibiu a liberação das catracas –uma das propostas da categoria para a greve.
No encontro, o Metrô ofereceu aumento real de 1,5% e 4,15% de correção, enquanto os funcionários pedem 5,37% de correção e 14,99% de aumento real.
O primeiro anúncio da greve foi feito no dia 16, quando um acidente envolvendo dois trens na linha 3-vermelha deixou ao menos 49 pessoas feridas.