Pouco mais de um mês após a mega-operação para coibir a venda de contrabando na av. Paulista (região central da capital), a prefeitura de São Paulo voltou à região para apreender produtos pirateados.
Segundo a Secretaria da Segurança Urbana, o Shopping Boulevard Monti Mare, localizado no número 392 da avenida, voltou a ser fechado na manhã desta quarta-feira, após os fiscais terem identificado o comércio de produtos irregulares.
Das 215 lojas, 170 foram fechadas inicialmente para inspeção. Uma delas teve a licença de funcionamento cassada e as mercadorias apreendidas.
Na noite desta quarta-feira, a prefeitura informou que o shopping foi reaberto, mas 50 das 250 lojas foram fechadas por venda de produtos piratas ou falta de documentação fiscal. Outras 130 foram reabertas.
O proprietário da loja e o administrador do shopping foram detidos e encaminhados ao Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado, da Polícia Civil paulista) para prestar depoimento sobre a comercialização de mercadorias piratas e estar com a documentação irregular.
Segundo órgãos de combate a pirataria ouvidos pela Folha, em reunião nesta manhã, os administradores do shopping afirmaram às autoridades que estão empenhados em combater a venda de produtos falsificados.
Essa é a terceira vez que o shopping baixa as portas desde fevereiro, após ser flagrado pela fiscalização com a venda de produtos falsificados em suas lojas.
O aluguel mensal dos boxes varia de R$ 2.000 a R$ 4.500. Segundo a Folha apurou, para alugar um box de R$ 4.500 o locatário ainda tem de pagar luvas –pagamento unitário pelo direito de uso da loja– de US$ 25 mil (cerca de R$ 41,6 mil).
A reportagem não conseguiu localizar representantes do shopping.